28 novembro 2009

Impulsos

O cheiro do seu cheiro me tortura
procuro uma caneta
a outra metade da minha solidão
um reflexo na sombra
em meu coração penumbra.
Encontro uma parede branca
e as palavras sujam o vazio.
Um quadro. Uma cicatriz.
Saudades do que levo comigo
sentimentos ainda escondidos.
Claustrofobia.
Seu respirar leve, calado,
entre um e outro arrepio
nascendo das minhas cinzas
me impede de escrever a longa espera.
Enquanto pulava da ponte
queria cortar os pulsos,
impulsos de incendiar seu corpo
com meus adágios avulsos.


** também estou em: Ideias Absurdas

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