28 novembro 2009

Impulsos

O cheiro do seu cheiro me tortura
procuro uma caneta
a outra metade da minha solidão
um reflexo na sombra
em meu coração penumbra.
Encontro uma parede branca
e as palavras sujam o vazio.
Um quadro. Uma cicatriz.
Saudades do que levo comigo
sentimentos ainda escondidos.
Claustrofobia.
Seu respirar leve, calado,
entre um e outro arrepio
nascendo das minhas cinzas
me impede de escrever a longa espera.
Enquanto pulava da ponte
queria cortar os pulsos,
impulsos de incendiar seu corpo
com meus adágios avulsos.


** também estou em: Ideias Absurdas

22 novembro 2009

Céu

Escrevo-te sim, mas
quando minhas palavras emudecem
a poesia traz teu cheiro e me aquece:
me invade, por meu ser se desloca,
e teu pensamento imaculado
vem pousar em rimas (liras)
tua língua no céu da minha boca.

20 novembro 2009

Bela

Feliz é aquele que te possui
Oh! Grande Estrela!
Aquele cuja alma és a guardiã.
Abençoado é aquele que merece ter
teu corpo celeste por completo,
complexo.
Oh! Grande Estrela!
Deixaste teu rastro a luzir pelo caminho
sem razão, incapaz, em vão.
Não devo implorar tua compania,
não és minha (fostes um dia?).
Aceite o louvor daquele que te venera
pois contigo não há sentido que explique
nem tempo que passe.
Oh! Grande Estrela!
Ao findar a tua ausência
terá valido a longa espera?



também estou em: Ideias absurdas