06 março 2011

Colombina



Então deixou de esperar
por que aqueles olhos
eram cinzas, apenas cinzas.
Deixou  de esperar
por que aqueles passos
eram reticências... e nada.
Não lhe valia esperar
enquanto ainda estava ali...
Não lhe valia imaginar
o quão fugaz era aquela presença,
nem precisava saber
do fim da consciência
da dor da carne, da alma
e da calma profunda
que nasce depois do carnaval.


*** para ouvir: Mais uma canção - Los Hermanos ***

5 comentários:

Unknown disse...

e eu pensando que depois do carnaval só restassem cinzas,


beijo

Iuri disse...

Para ler ao som de Máscara Negra.

Se é que me permite essa sugestão.

;)

Gi disse...

Olá, desculpe demorar tanto a vir retribuir sua gentileza.
Estou lendo seu blog aos poucos e já estou tão encantada que vou pedir sua permissão para levar comigo sua "Colombina". =D...há em um outro mundo um Pierrot... sem palavras, apenas lágrimas a espera de uma Colombina á altura.
Tenha uma linda semana...que lhe renda belíssimas emoções, que possam continuar a serem traduzidas em lindas poesias,
Sou sempre grata ás pessoas que compartilham seus tesouros e a palavra/poema/poesia/sentimento é um dos mais preciosos.
bjs
Gigigih

Nomundodalua disse...

Essa história do Pierrot e da Colombina é tão triste :/ aposto que ambos sofrem!

:*

Gi disse...

Ah, Nomundodalua, sim... ambos sofreram!
Se partiram em tantos pedaços que ainda não há como juntar a metade...

bjs gde