22 outubro 2009

Anjo, anjinho

Vou pontilhar com estrelas reluzentes este espaço de chão que é teu caminho,
meu bebê, para que não te percas de mim
nem durante a mais profunda escuridão...
Elas serão como pontinhos luminosos
a te guiar de volta aos meus braços, sempre abertos,
sempre perto.
Quero-te livre do breu que cobre teus olhos...
Para guiar-te até meu colo, deixarei ladrilhos brilhantes na porta da tua casa,
como se com eles
pudesse pegar tuas mãos e deitar-te junto a mim
por minutos infinitos...
Tocar tua pele delicada com minhas mãos trêmulas,
parafraseando o ritmo de meu coração, desafinado por estar contigo,
sentir teu hálito quente e doce e tocar teus cabelos de nuvens,
meu doce encanto, eterna perfeição de minha vida torta.
Não te deixarei perder, nunca;
te beijarei com a violência mínima da longa espera,
e colocarei meu corpo junto ao teu, bem de leve,
para perpetuar a expectativa de sentir-te em mim
por segundos sem fim
com teus olhos de anjo me fitando...
Tua voz é minha poesia louca de todos os dias,
e me faz querer correr pra ti, amor solitário,
com um suspiro dolorido e interminável
de te amar tanto assim, e tanto mais que imaginava poder.

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