Meus livros estão sempre comigo,
também esta caixa de músicas...
Mas, como funcionam? Não sei.
Gosto de letras, uma depois da outra,
a formar um eco infinito
de tudo aquilo que não grito.
Escrevo como um transplante,
é minha doação.
Acostumo as palavras a saírem de mim,
e cada qual tem seu lugar.
Desconfio dos escritos de gaveta,
imaculados, sem conteúdo,
arranhando em textos
a má-sorte de seus pleonasmos
e suas teorias sem fim.
*** para ouvir: Beautiful day - U2 ***
2 comentários:
Lindo lindo. Os escritos de gaveta ficam embolorados às vezes, não é mesmo?! Melhor ver as palavras se movendo no ar, sem dúvida.
Beijo Jo! =*
"de tudo aquilo que não grito", fica o silêncio explosiva da palavra. abraço
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